O poker online segue proporcionando emoções intensas para os brasileiros no cenário internacional. Em dois dos principais torneios do domingo (13) na GGPoker — o GGMillion$ High Rollers de US$ 10.300 e o GGMasters US$ 150 — o Brasil teve participações marcantes, com histórias que envolvem tanto frustração quanto esperança.
Davi Cola fica na bolha da mesa final do GGMillion$ após sequência cruel de mãos
No GGMillion$ High Rollers, torneio que reúne os principais nomes do poker mundial, Davi Cola chegou muito perto de representar o Brasil na mesa final. Após superar um field duro de 201 entradas, o jogador nacional se viu em uma situação promissora quando restavam apenas 10 competidores na disputa.
Com cerca de 19 big blinds, Davi enfrentava o canadense-libanês Rayan Chamas, conhecido no online como “Beriuzy”. Em uma tentativa ousada, Davi aplicou um 4-bet, mas viu sua jogada ser neutralizada. Duas mãos depois, agora com apenas 9 blinds, decidiu arriscar tudo com um all-in. Novamente, Beriuzy estava do outro lado da mesa. Com par de setes (77), Davi encontrou os valetes (JJ) do adversário e viu suas chances escorrerem pelo board 5♣4♦4♠T♣A♦.
A eliminação deixou Davi com a 10ª colocação e um prêmio de consolação de US$ 37.975, ficando assim na indesejada bolha da mesa final — uma situação frustrante para qualquer jogador.
No entanto, para Beriuzy o desfecho foi completamente oposto. O algoz do brasileiro encerrou o dia como chip leader absoluto, acumulando impressionantes 5.882.873 fichas, o equivalente a quase 118 blinds, e entrará na decisão com uma vantagem considerável.
Entre os demais finalistas, nomes de peso como Adrian Mateos (2.047.351), Artur Martirosian (2.043.616), Andrii Derzhypilskyi (2.166.863) e Artsiom Lasouskii (3.054.686) também estão na briga pelo prêmio máximo de US$ 406.384. A mesa final será disputada nesta terça-feira (15), a partir das 15h30, com transmissão ao vivo da MundoTV e cartas reveladas, sob o comando de Zig Pepice.
BlessedVariance mantém viva a esperança brasileira no GGMasters US$ 150
Se no High Rollers a queda de Davi Cola trouxe frustração, no GGMasters US$ 150, outro brasileiro promete levar o país ao topo. Com o nick “BlessedVariance”, o jogador misterioso se classificou para a mesa final após enfrentar um verdadeiro mar de adversários: o torneio teve um field massivo de 6.984 entradas, e um prize pool de US$ 1 milhão garantido.
A performance do brasileiro foi consistente durante todo o torneio e o levou a acumular um stack de 7.523.681 fichas. Desse modo, conquistou o quarto maior entre os nove finalistas. O chip leader é o bielorrusso “hntsrf”, com 13.387.147 fichas. Em seguida temos o polonês “Anonymou5” (12.223.621) e pelo argentino “rocketsinthemix” (7.646.819), demonstrando a diversidade internacional da disputa.
Dois nomes conhecidos da comunidade também marcam presença: Tom Talboom, o “Tom_Poker_BR” (7.303.600), patrocinado pela GGPoker, e o costa-riquenho Michael Acevedo (6.617.870), referência técnica no mundo do poker.
A decisão será nesta segunda-feira (14), às 14h, com blinds em 80.000/160.000. Todos os finalistas já garantiram pelo menos US$ 13.790, mas o campeão sairá com o expressivo prêmio de US$ 137.903. A transmissão, também feita pela MundoTV, promete fortes emoções para os fãs brasileiros que estarão torcendo por mais uma conquista nacional.
Contrastes que fazem parte do poker
A história de Davi Cola e “BlessedVariance” ilustra bem os altos e baixos do poker. De um lado, um jogador experiente que viu um sonho ruir em poucos minutos. Do outro, uma promessa que ainda mantém viva a chama da torcida brasileira em um dos torneios mais disputados do site.
O GGMillion$ e o GGMasters US$ 150 representam lados distintos do poker, um voltado à elite com buy-in elevado, outro acessível e com grande volume de jogadores. Entretanto, ambos provam que a habilidade, estratégia e um pouco de sorte continuam sendo ingredientes fundamentais para o sucesso nas mesas.
Com finais marcadas para esta segunda e terça-feira, os fãs de poker terão dois dias intensos de torcida. Resta saber se o Brasil terá motivos para comemorar mais uma taça ou se, como Davi Cola, restará o amargo gosto de “quase deu”.