Mais uma vez, os craques do poker brasileiro mostraram sua força nas mesas mais caras do cenário mundial. Na edição mais recente do GGMillion$ High Rollers, um dos torneios mais prestigiados da GGPoker, dois nomes do Brasil chegaram à mesa final e representaram o país com autoridade. Com buy-in de US$ 10.300 e 179 entradas registradas, o torneio distribuiu prêmios milionários, incluindo US$ 363.836 para o grande campeão.
O destaque brasileiro ficou por conta de Pedro Padilha, sócio e instrutor do renomado Samba Poker Team, que alcançou um sólido quarto lugar, embolsando a quantia de US$ 175.385. A campanha de Padilha causou destaque por jogadas técnicas, eliminações importantes e uma trajetória firme até o top 4. Além disso, também representando o Brasil, Pedro Garagnani teve atuação destacada e ficou na oitava colocação, garantindo um prêmio de US$ 66.289.
Uma trajetória sólida até a FT
Pedro Padilha começou a mesa final na terceira colocação em fichas, com 2.990.021 — cerca de 60 big blinds. Desde o início, mostrou controle e leitura afiada, explorando bem as oportunidades e jogando de forma estratégica. Logo, acumulou eliminações importantes, incluindo o sétimo colocado, Kiat Lee, com um trinca de 4 no board, e também Ravid Garbi, que caiu na sexta posição após confronto direto com o brasileiro.
Entretanto, apesar da performance de alto nível, o caminho de Padilha esbarrou em um velho conhecido dos brasileiros naquela mesa final: o holandês Duco Haven. Contudo, antes mesmo de eliminar Padilha, Haven já havia aplicado uma bad beat duríssima em Pedro Garagnani, que havia acertado um par de 10, mas acabou derrotado por uma quadra de oitos no flop. Sendo assim, a eliminação de Garagnani, em oitavo, marcou um dos momentos mais cruéis da FT.
O momento decisivo
A eliminação de Pedro Padilha veio em uma mão emblemática que refletiu o enredo de sua trajetória nesta reta final. Com A♦6♣ em mãos, o brasileiro anunciou all in pré-flop e foi pago por Haven, que segurava A♣9♦. Precisando de ajuda do bordo para se manter vivo, Padilha não encontrou seus outs no flop, turn ou river e deu adeus à competição na quarta colocação.
A saída precoce diante do potencial apresentado gerou lamentos entre os fãs e analistas, mas não tirou o brilho da participação do jogador, que mais uma vez colocou o Brasil no radar do poker mundial. Sua consistência em torneios high stakes tem sido cada vez mais notável e causando admiração no cenário internacional.
Uma mesa final com craques no GGMillion$
A mesa final do GGMillion$ foi um verdadeiro espetáculo de técnica e emoção. O campeão foi o norueguês Espen Jørstad, que faturou o prêmio máximo de US$ 363.836. Espen superou Duco Haven no heads-up, em um confronto que não durou muito. Na mão final, Espen segurava A♦Q♦ contra K♣Q♣ de Haven, e venceu com tranquilidade após o bordo não favorecer o adversário. Haven, por sua vez, ficou com o vice-campeonato e um excelente prêmio de US$ 285.278.
Por fim, o português João Vieira completou o pódio na terceira colocação, faturando US$ 223.682 após eliminar Hernan Dapra e resistir bravamente até ser superado por Jørstad.
Classificação final do GGMillion$
- 1º – Espen Jørstad; Noruega; US$ 363.836
- 2º – Duco Haven; Holanda; US$ 285.278
- 3º – João Vieira; Portugal; US$ 223.682
- 4º – Pedro Padilha; Brasil; US$ 175.385
- 5º – Niklas Astedt; Suécia; US$ 137.517
- 6º – Ravid Garbi; Israel; US$ 107.825
- 7º – Kiat Lee; Malásia; US$ 84.544
- 8º – Pedro Garagnani; Brasil; US$ 66.289
- 9º – Hernan Dapra; Argentina; US$ 51.976
O Brasil no topo do poker mundial
O desempenho de Pedro Padilha e Pedro Garagnani reforça a crescente presença do Brasil no cenário do poker internacional, especialmente nos torneios high rollers. Afinal, a combinação de talento técnico, preparação estratégica e experiência em grandes palcos tem feito com que jogadores brasileiros tenham cada vez mais respeito, além dos melhores sites de poker do Brasil, nas mesas internacionais.
Com o Samba Poker Team sendo uma das principais escolas e comunidades de poker do país, os resultados refletem também um trabalho sério de formação de jogadores de alto nível, capazes de competir com os maiores nomes do mundo.
Desse modo, a expectativa agora é que novas conquistas venham nas próximas etapas do circuito, e que o Brasil continue sendo protagonista nas mesas mais difíceis do planeta. A julgar pelo que foi visto no GGMillion$, esse futuro já está em andamento.